segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A noveleira

Por Hellen Mendes




Um jovem chamado Carlos Roberto é abordado por dois homens muito suspeitos, que estavam em um carro preto, ao sair do trabalho. Mesmo desconfiado, ele faz uma pausa para saber o que eles desejam, e é atingido com uma coronhada na cabeça, desmaiando na hora!

Enquanto isso, Dona Marisa, sua mãe, está em casa esperando ansiosamente pelo último capítulo da novela, esquecendo-se de tudo e todos.

Enfim começa a novela, e ao mesmo tempo o telefone começa a tocar insistentemente, o que só levou Dona Marisa a aumentar cada vez mais o volume da televisão, sem cogitar a possibilidade de atendê-lo.

Vem o comercial e o telefone toca novamente. Ainda nervosa com o desfeche da trama, Dona Marisa toma um copo d’água e então resolve atender o bendito telefone. Do outro lado, uma voz grave diz: É o seguinte minha senhora, estamos com o seu filho, me encontre no final da Av. Brasil com... Dona Marisa nem espera o sujeito completar a frase, largou o telefone e correu para a janela. Ainda ofegante, ela gritou: Meu filho vai aparecer no final da novela!

De volta a frente da TV, ela aguarda, quase sem piscar, pelo momento da aparição do seu filho, que trabalha atualmente como estagiário de produção na rede globo de televisão. E o telefone continua a tocar, mas a emoção é tão grande que o toque foi totalmente ignorado por ela.


Acaba a novela e Dona Marisa continua parada, acreditando que seu filho ainda vai aparecer, pelo menos nos créditos, mas isso não acontece. Decepcionada, ela resolve ligar para o celular do filho para pedir uma explicação, mas é tarde demais, o celular é atendido policial Pereira que informa que o corpo do dono daquele celular foi encontrado morto na Av. Brasil, altura de Santa Cruz. Dona Marisa fica muda por alguns instantes e o policial continua na linha, aguardando por uma possível informação sobre a vítima, é quando de repente ela grita: Quem matou foi a Carminha! Desmaiando em seguida.

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